Coordenadores do Palco de Debates da Jornada fazem balanço das atividades
31/08/2007 - 21:47
Foto: Tiago Lermen/UPF
Foram quatro dias de discussões no Circo da Cultura

Depois de quatro dias de discussões Alcione, Loyola e Luiz Diniz contam as experiências vividas no Circo da Cultura. E Tânia Rösing disse que os convidados mostraram que a arte e a literatura estão em todo o lugar.

Os comandantes do Palco de Debates realizado durante quatro dias da 12ª Jornada Nacional de Literatura fizeram um balanço das discussões e reflexões realizadas no Circo da Cultura, em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul.

Mais uma vez, os leitores jovens e experientes que estiveram em Passo Fundo, nos últimos cinco dias, provaram que o debate de cultura e literatura não precisa, necessariamente, acontecer dentro de uma sala de aula. Ele pode ser realizado debaixo da lona do circo aquecida pelo calor de milhares de pessoas que acolheram os menos acostumados com o clima do Rio Grande do Sul. A Arte da leitura e a leitura da arte atraiu crianças, jovens, adultos e idosos que, com disposição, fizeram a festa das letras acontecer.

“Valeu a Pena!”. Com esta frase, a idealizadora e coordenadora das jornadas literárias, Tania Rösing, referiu-se ao trabalho de preparação e concretização da manifestação cultural gaúcha. Segundo ela, o tema foi escolhido e trabalhado adequadamente. “Na próxima semana faremos os relatórios e já iniciaremos a próxima programação, porque muitas pessoas estão dando sugestões e estou preocupada com a lista de autores que já manifestaram o desejo de estar aqui novamente”, destacou.

Conhecidos como os “Três Tenores”, Alcione Araújo, Ignácio de Loyola Brandão e Júlio Diniz concordaram que a edição deste ano teve um saldo final positivo. “A Jornada aconteceu com pleno êxito, ela é hoje um evento no calendário nacional da cultura, e a cultura não pode ser ameaçada. Ela não pode sofrer qualquer tipo de possibilidade de não ser realizada ou de constrangimento, mas apesar das restrições a que ela se viu submetida, foi um êxito como sempre. Quando acaba a Jornada e eu volto para a minha casa, já volto com saudade”, destaca Araújo, que participa da movimentação cultural realizada no Campus I, da Universidade de Passo Fundo (UPF) há quatro edições.

Julio Diniz, que há 16 anos participa da coordenação do Palco de Debates, afirmou que a Jornada cada vez mais se caracteriza como um espaço de debate, de formação do leitor, além de ser um projeto educacional-cultural não só para Passo Fundo, mas para todo o país. “O balanço dessa edição é que tivemos diversidade desde o modelo intelectual acadêmico, que é o caso do Carlo Ginzburg, até o Afroreggae representando a cultura hip-hop”, disse.

Segundo Loyola, a movimentação cultural gaúcha avança e se torna cada vez mais abrangente, pois nela acontecem discussões sobre novas tecnologias, arte e transcendência. “Creio que foi um painel muito bom, contemporâneo e moderno e com o olhar sempre para o futuro, apesar de todas as dificuldades que teve”, completou.

Movimentação diferente

De acordo com Alcione Araújo, as jornadas literárias se diferenciam de outros eventos culturais por contar com um público comprometido com a sua proposta. “Eventos em outros lugares não tem essa quantidade de pessoas, não tem um público educado, acolhedor, atento, querendo discutir e fazer perguntas”, ressaltou. Diniz completou com a afirmação de que nenhum outro encontro, para discutir literatura ou cultura, no Brasil, consegue alcançar os números de Passo Fundo.

Loyola afirmou que a diferença da Jornada em relação a outros eventos culturais do país é que existem muitas bienais e feiras que, em geral, são bancas de livro onde se contratam escritores para fazer uma moldura e fingir que estão discutindo cultura. “Essa Jornada tem um formato único. Ela trabalha antes, durante e depois da sua realização”, salientou o escritor.

Os leitores jovens e experientes que estiveram em Passo Fundo, nos últimos cinco dias, mostraram que o debate de cultura e literatura não precisa, necessariamente, acontecer dentro de uma sala de aula.

Ele pode ser realizado debaixo da lona do circo aquecida pelo calor de milhares de pessoas que acolheram os menos acostumados com o clima do Rio Grande do Sul. A Arte da leitura e a leitura da arte atraiu crianças, jovens, adultos e idosos que, com disposição, fizeram a festa das letras acontecer. Os convidados mostraram que a arte e a literatura estão em todo o lugar, seja em livros clássicos, seja em grafites ou em latas e tonéis que, com batidas organizadas, formaram melodias contagiantes e emocionantes”.


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