Luiza Helena Trajano, do Magazine Luiza, fala de sonho, vida profissional e desafios no Mercado Cultural do Livro
31/08/2007 - 17:54
Foto: Ricardo Freddo
Luiza Helena Trajano comanda 11 mil funcionários e 361 lojas em vários locais do Brasil

À frente de uma empresa com 11 mil funcionários e 361 lojas em vários locais do Brasil, a empresária falou para uma platéia lotada, no Centro de Eventos, durante a Jornada Nacional de Literatura. Entre as várias dicas para o desenvolvimento pessoal, afirmou várias vezes que as pessoas são mais importantes que os lucros em uma empresa e que é preciso descomplicar a vida. E ensina: “Pensar e sonhar não se paga. É preciso pensar grande para receber grande”,


Quando revela os pontos essenciais para se dar bem profissionalmente e ganhar dinheiro, a empresária Luiza Helena Trajano tem a segurança de liderar uma grande empresa que chegou aos 50 anos com 11 mil funcionários, 361 lojas, um grande número de prêmios na área de gestão e R$ 2,8 bilhões de faturamento previstos para este ano e é a terceira em vendas pelo site no Brasil e agora até com uma TV corporativa. Além disso, a empresa continua crescendo e ela não tem o menor problema de citar números e sucessos: “Não é preciso ter medo de dizer quanto se ganha quando o trabalho foi feito com seriedade e ética. É preciso pensar grande. Pobreza chama pobreza. E não esquecer nunca que o patrão é o cliente”.


Luiza Helena assumiu uma pequena loja de departamentos fundados pelos tios e em pouco tempo mudou o foco de gestão da empresa. Terminou com a burocracia, valorizou o trabalho dos funcionários e deu o toque informal para tornar o Magazine Luiza um exemplo citado, inclusive, como uma das melhores empresas para as mulheres trabalharem e um dos cases mais discutidos em MBAs do mundo inteiro. E foi a primeira rede a chegar no Rio Grande do Sul.

Descomplicar e ousar são palavras usadas com freqüência pela empresária. E conta, com muita simplicidade, outros segredos de sucesso: “Profissionalismo, velocidade, qualidade e agilidade de seus funcionários. Os empresários têm que saber que uma empresa só pode crescer com as pessoas. E é preciso inovar os procedimentos sempre, eu estou aprendendo e aplicando coisas novas todos os dias”.

Também deixa claro que não tem medo de expor suas idéias e projetos. “O procedimento é facilmente copiado, mas a alma, o alinhamento, o atendimento diferente, essas coisas não se copiam. É preciso arriscar, você não ganha todas, mas tem que tomar decisões e não ter medo de inovar. As pessoas corajosas saem na frente, o medo atrapalha. No mundo de hoje é preciso aprender a fazer o trabalho rápido e bem feito”.

Carismática e muito bem-humorada (bom humor, aliás, está na sua lista de qualidades para se dar bem na vida profissional), ela fala com simplicidade de vários assuntos, de política inclusive. “Do jeito que as coisas estão, se a gente não resgatar o Brasil o pior ainda virá pela frente. A gente ama esse país e se cada um de nós não fizer a sua parte é melhor parar de ter filhos e netos. Não queremos mais diálogo, queremos atitude. Nós também somos culpados porque reforçamos os pontos negativos e não ajudamos a divulgar os pontos positivos do Brasil”.

Para a vida profissional, outro conselho é deixar de lado o papel de vítima e assumir a condução da sua vida. “Não adianta fazer o papel de coitadinho de mim, vai à luta, ficar se lamentando não leva à nada. A gente tem que fazer falta no lugar, ter bom humor e usar energia positiva. E lembrem-se que dinheiro não compra tudo, mas ajuda a gerar mais empregos e mais energia.”

No encerramento da palestra, deu alguns conselhos para os jovens presentes: não abra mão de seus sonhos; valorize a transparência, sabedoria, humildade e justiça em suas ações; não complique a vida; descubra e lute por sua missão; não abra mão de sua ética moral e, antes de tudo, acredite em você.

Mais informações com Ivani Cardoso e Maria Fernanda Rodrigues (Lu Fernandes Escritório de Comunicação) e Maria Joana e Cristiane (assessoria de imprensa da UPF) pelo telefone (54) 3316-8110/8142