Cultura polonesa ganha destaque na Jornada de Literatura
31/08/2007 - 14:36
Foto: Jaques Hickmann
A música e a dança polonesa foram apresentadas durante a atividade paralela no teatro do Sesc
A dança, a música e a literatura foram as expressões artísticas que apresentaram a cultura polonesa durante a programação paralela da 12ª Jornada Nacional de Literatura, em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. Na conferência, no teatro do Sesc, no final da tarde de quinta-feira, 30 de agosto, descendentes poloneses e apreciadores da arte observaram a mescla de interpretações que manifestam as raízes do país onde nasceu o compositor do século 19, Frédéric François Chopin.


Com um figurino impecável, o grupo de danças Juventude Polonesa de Erechim/RS (Jupem) imprimiu um ritmo acelerado já na primeira apresentação. A batida do taco das botas no tablado de madeiro do palco fez o público grudar o olhar no compasso dos dançarinos. O chapéu e o casaco ajudaram a identificar as particularidades do país de baixas temperaturas. A segunda dança teve a presença de crianças carregando arcos de flores num bailado sutil e gracioso. “Nosso grupo está completando quatro décadas no ano que vem, contribuindo para a difusão da cultura da Polônia”, lembrou a coordenadora do Jupem, Maria Vanda Krepinskigroch. Segundo ela, o grupo tem 80 dançarinos divididos em cinco elencos.

Mas como a intenção era mostrar o máximo possível da cultura polonesa, não poderia faltar a música erudita. O pianista porto-alegrense Tiago Halewicz tocou composições de Chopin e Karol Szymanowski. O recital comentado teve o ritmo misto das mazurkas e pausas ao final das peças para explicações sobre cada uma delas. “A influência da música na cultura polonesa é muito forte. E o comentário é importante para ampliar cada vez mais o conhecimento dessa cultura”, explicou o pianista.

Para finalizar a atividade paralela da jornada, o escritor da obra “O Trem de Ouro” (Record), Miroslaw Bujko, conversou com a platéia sobre o seu livro e assuntos diversos referentes à Polônia. Durante o bate-papo descontraído com os espectadores, o autor fez questão de salientar sua paixão pela cultura japonesa, em especial pelas artes marciais, já que é mestre samurai 2º dan. Respondendo uma pergunta, Bujko não escondeu a surpresa em ter seu romance-histórico lançado no Brasil durante a jornada literária. “Foi como um raio inesperado de um céu azul”, caracterizou o romancista.

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