Elisa da Silva e Cunha, por exemplo, conversou com as crianças sobre livros e música. Léo Cunha disse que o fato de as crianças questionarem revela que elas leram os livros, o que para o escritor é maravilhoso.

De onde vêm as idéias para escrever o livro? Como nascem os personagens? Qual local gosta de escrever? A curiosidade das crianças, demonstrando a preparação que realizaram para participar da 4ª Jornadinha Nacional de Literatura, deixou orgulhosos os escritores que estavam na movimentação cultural na tarde desta quarta-feira, 29. Revezando-se entre as quatro lonas, 11 autores interagiram com três mil crianças de 43 escolas de todo o Rio Grande do Sul. Evento integrante da 12ª Jornada Nacional de Literatura de Passo Fundo, a Jornadinha se estende até esta sexta-feira, 31 de agosto.

Pela primeira vez participando de uma Jornada Literária, Léo Cunha, estava encantado: “Sabia que o evento era grande, mas a impressão verdadeira a gente só tem quando chega ao local e vê o envolvimento das crianças, professores e organização. O fato de as crianças questionarem revela que elas leram os livros, o que para o escritor é maravilhoso”, disse. De acordo com Léo Cunha, se mais cidades e estados fizessem eventos como a Jornada, a possibilidade de formação de uma geração de leitores seria bem maior.

Elisa da Silva e Cunha conversou com as crianças sobre livros e música. De acordo com ela, a música deve estar sempre presente nos diferentes momentos da vida, despertando emoções e sentimentos diversos. “Música e literatura devem se apoiar”, observou, referindo-se ao livro A orquestra tintim por tintim, que escreveu junto a outras três autoras. “O meio que a gente utilizou para levar a música até as escolas foi o livro, que tem uma intenção didática, de apoio para que os professores tenham mais ferramentas para trabalhar com música na escola”, considerou.

As crianças gostaram do que viram na Jornadinha. “Estou achando a programação muito legal. É bom estar com os autores que lemos os livros”, disse a aluna Anriqueli Frtzen, 10 anos, da Escola Antônio Mathias Anschau, de Nova Boa Vista.

Os professores também estavam motivados e envolvidos com os debates. A vice-diretora da Escola Municipal Santo Antônio, de Passo Fundo, Fátima Maria Coradi, lembrou o trabalho realizado em preparação à Jornada. “Durante os últimos meses lemos livros, realizamos teatro, exposições e até escrevemos um livro na escola. A Jornada estimula essa produção cultural”, observou.

A 4ª Jornadinha Nacional de Literatura continua nesta quinta-feira e sexta-feira, nos turnos da manhã e da tarde.

Foto: Tiago Lermen
Crianças de 43 escolas participaram da segunda tarde de atividades da Jornadinha


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